Título : Soja, as sementes da destruição e desigualde
Subtítulo : Impactos ambientais e sociais são provocados também pela soja
Autores: Amanda Albertini Barros, Caio Caggiano, Lucas Pela , Yago Trevisan Borba e Yasmin Nacaya Miura. 9º ano B Colegio Marista Arquidiocesano de São Paulo, SP , amaandabarros@hotmail.com
Resumo :
Neste artigo cientifico, feito para o Congresso Marista de Biodiversidade, falaremos sobre os impactos ambientais e socias que a soja causa, desde antes de sua plantação, passando pela sua plantação, colheita. extração, até seu consumo.
É citada também a soja transgênica, que é uma soja modificada e causa mais problemas que a soja convencional
Palavras-chave : Soja, soja transgênica, impactos ambientais e impactos sociais.
Abstract:
In this scientific article, made for the Congresso Marista de Biodiversidade, we will talk about environmental and social impacts that soy causes, since it is planting, passing through it’s harvesting, extracting, to it’s consumption.
The transgenic soy is commented too, which is a modified tipe of soy and causes more problems than the conventional one.
Keywords: Soybean,transgenic soy, environmental impacts and social impacts.
1 - HISTÓRIA
A soja, uma planta, é cultivada desde 5 mil anos atrás pelos chineses. A soja selvagem é sua espécie mais antiga e crescia nas terras baixas e úmidas, junto aos juncos nas proximidades de lagos e rios. A partir so século XX o grão passou a ser cultivado para fins lucrativos nos Estados Unidos.
No Brasil, a soja chegou acompanhado dos imigrantes japoneses em 1908 porém só foi introduzida oficialmente no Rio Grande do Sul em 1914.
A primeira expansão na plantação de soja no Brasil só se deu por ocorrer na década de 70, ocupando terras destinadas a plantação de arroz, feijão, mandioca, milho e café. A área de plantação de soja, segundo Schlesinger, subiu de 45 mil quilômetros quadrados, em 1995, para 100 mil km² em 2002. Isso corresponde a 5% ou 2 milhões de km² do cerrado, o bioma mais agredido pela expansão de soja. E hoje restam apenas 34,22% das áreas nativas remanescentes do cerrado.
A soja transgênica, um tipo modificado de soja, começou a ser plantada em 1998 de forma ilegal e foi autorizada em 2003, que hoje já representa 60% de toda a produção brasileira do grão, também segundo Schlesinger.
2 - CARACTERÍSTICAS
A soja, ou Glycine Max, é uma das principais fontes de proteína e óleo vegetal do mundo. Ela tem sido cultivada comercialmente e é muito utlilizada para a alimentação de humanos e animais desde muitos anos atrás, sem nenhum registro de danos causados aos consumidores ou ao meio ambiente. A soja é hoje um dos produtos mais cultivados do mundo, seus maiores produtores são os Estados Unidos, o Brasil, a Argentina e a China. No Brasil, as principais áreas produtoras estão nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste do País.
Há outro tipo de soja, a soja transgênica, que é produzida artificialmente e tem impactos sobre a fauna mundial.
3 - IMPACTOS AMBIENTAIS
O efeito estufa é essencial à vida no planeta, pois retém calor na terra. Ao lançar CO2 ( gás carbônico ) excessivamente,a Terra retém muito calor, e, consequentemente, afeta a temperatura, aumentando-a, além de aquecer a água ( lagos, rios e mares ) e afetar a vida marinha ao reduzir a quantidade de oxigênio na água. A fauna é afetada também pelo aumento da temperatura, o que pode danificar o habitat natural de alguns animais, e, se estes não conseguirem se adaptar às novas características morrerão. Para plantar a soja, é necessário o desmatamento, reduzindo a quantidade de árvores e, consquentemente, apresentando os problemas citados anteriormente.
As secas, geadas e chuvas fortes são outra consequência do aquecimento global, afetando plantações de outros produtos e até da própria soja.
Os herbicidas usados na manutenção da plantação afetam o solo, infertilizando-os, gerando complicações nas produções futuras. E, ainda, as águas e a fauna são afetadas por agrotóxicos químicos, também utilizados durante a produção da soja, que reduzem a disponibilidade de peixes e os expulsam de suas localidades.
Além disso, na região Amazônica, a partir do crescente cultivo de soja, houve o desaparecimento ou assoreamento de riachos (igarapés), essenciais às atividades agrícolas e extrativistas.
4- IMPACTOS DA SOJA TRANSGÊNICA À HUMANIDADE
As sojas transgênicas ou geneticamente modificadas são criadas em laboratórios, com a utilização de genes (partes do código genético) de outros organismos. “Esses organismos sofrem alterações em seu código genético por métodos ou meios que não ocorrem naturalmente, de modo a atribuir a eles características ‘novas’”(Portal São Francisco).
Além de causar problemas ambientais, a soja transgênica pode causar também problemas sociais. Trata-se de sementes geneticamente mudadas que desenvolverão plantas com características diferentes das sojas convencionais. A partir de fatores bióticos, ou seja, através da força dos ventos e de pequenos animais, como as abelhas ou zangões, pode haver uma polinização cruzada entre esses dois tipos de soja. O pólen das sojas transgênicas é transportado para as sojas convencionais, atuando para que, após a fecundação, haja a deformação das futuras espécies de soja, que se tornarão inapropriadas para o consumo.
Pode acontecer de algumas sojas transgênicas serem geneticamente alteradas para matar vermes e insetos, podendo causar a morte de abelhas, zangões e outros insetos benéficos à natureza. Com a polinização cruzada, as demais espécies de soja convencionais desenvolverão essas mesmas características, afetando assim, a cadeia alimentar dos ecossistemas.
Com isso, no campo, os pequenos agricultores, que produzem a soja convencional não têm capacidade para competir com os grandes produtores da soja transgênica. Logo, ou deixarão de produzir a soja convencional e, conseqüentemente irão migrar para os centros urbanos em busca de novas oportunidades de trabalho, ou (dificilmente) irão aderir à produção da soja transgênica e à utilização de herbicidas e agrotóxicos específicos (se tiverem capital suficiente e se resistirem às pressões impostas pelos demais produtores). Deste modo, os grandes latifundiários produtores da soja transgênica, que compõem uma parcela mínima da sociedade sempre dominarão a produção e a comercialização da soja, contribuindo para que haja “rivalidade” e uma grande desigualdade social e econômica entre os pequenos e os grandes produtores de soja.Na produção da soja transgênica consumível, são utilizados uma série de herbicidas responsáveis pelo extermínio das ervas daninhas, o herbicida mais vendido nos últimos 30 anos, presente na maior parte do mundo é o Roundup, foi produzido pela Monsanto (empresa multinacional responsável pela produção de cerca de 90% de todos os organismos transgênicos do mundo) em 1974. Nele, é encontrado um elemento químico altamente prejudicial ao meio ambiente e à saúde dos seres humanos: o PCB (ou Aroclor). Trata-se de um tipo de óleo criado por processos químicos e utilizado para a refrigeração e lubrificação de equipamentos elétricos, seu uso foi vetado desde o início da década de 1980. O PCB pode provocar o câncer, a hepatite, diabetes, paradas cardíacas, reduções das funções tireoidianas e disfunções dos hormônios sexuais. Além disso, gestantes com altos índices de PCB no organismo dão a luz a bebês com grave retardamento mental. Com o tempo, o PCB depositado no solo e nas plantas passa para a água e para o ar, o resultado é que todas as pessoas passam a ser contaminadas. Na maioria das vezes, a soja é geneticamente modificada somente para poder resistir ao Roundup (como é o caso da Soja Roundup Ready, também comercializada pela Monsanto e, atualmente, espalhada pelo mundo inteiro). As sojas transgênicas chegaram ao Brasil ilegalmente, a partir do contrabando, mas seu uso tornou-se tão frequente, que o governo brasileiro foi forçado a legalizá-lo.
A soja transgênica produzida chega ao nosso prato ou é utilizada na alimentação de bois, vacas e porcos que também serão consumidos por nós. Enormes florestas e regiões do Cerrado são desmatadas somente para a produção da soja. Vemos que a ambição e a ganância capitalista por poder e pelo dinheiro cegam os valores morais, éticos e até mesmo a saúde dos próprios consumidores.
Felizmente, o consumidor brasileiro pode evitar a compra dos produtos trangênicos. “O decreto federal n. 4.680, que regulamenta o direito à informação dos consumidores quanto aos alimentos e ingredientes transgênicos destinados ao consumo humano e animal, foi publicado em abril de 2003. De acordo com a determinação, todos os produtos que contenham mais de 1% de matéria-prima transgênica devem ser comercializados, embalados e vendidos com um rótulo específico, que contenha o símbolo transgênico em destaque, em conjunto com as seguintes frases: '(produto) transgênico' ou 'contém (matéria-prima) transgênico'“ (notícia publicada pelo Instituto Akatu em 22/06/2004).
Por conta desse decreto, os maiores fabricantes de óleo de soja do país, Bunge e Cargill, passaram a ser obrigados a rotular seus produtos, informando aos consumidores da presença de mais de 1% de transgênicos neles. O que, ilegalmente, não estava acontecendo. "Uma ação civil pública contra os fabricantes foi proposta pelo Ministério Público de São Paulo depois que, em 2005, militantes do Greenpeace entregaram ao governo um dossiê que, segundo a entidade ecológica, comprovava a utilização de soja transgênica na fabricação dos óleos Soya, da Bunge, e Liza, da Cargill" (notícia publicada por Daniel Bramatti em 20 de setembro de 2007).
À seguir, uma tabela com uma pesquisa que fizemos com 78 pessoas com a faixa etária entre 12 e 25 anos,sobre seus conhecimentos da soja orgânica e transgênica (impactos ambientais, sociais e aos humanos):
(nao consigo colocar o gráfico)
Com essa entrevista, podemos perceber que a maioria das pessoas sabem que a soja transgênica é pior à saúde do que a orgânica, mas poucas sabem que sobre os impactos que a soja orgânica, não apenas a transgênica, também causa no ambiente.
CONCLUSÃO: A soja, tanto transgênica quanto orgânica, causam impactos ambientais que estão prejudicando os seres humanos e os animais, e acabando com florestas de diversidades na fauna e na flora.
Porém, apenas uma pequena parte da população está consciente desses problemas, podendo assim ter algum incentivo à essas empresas que acabam com a biodiversidade brasileira. O que a população também não sabe, é que há empresas que utilizam agrotóxicos na plantação da soja que causam problemas de saúde também para os humanos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0044-59672006000300018&script=sci_arttext&tlng=ES>. Acesso em 17 set. 2010
Instituto Akatu Regulamentação de rótulos para transgênicos entra em vigor, Notícias/Instituto Akatu, 22 de junho 2004
Disponível em <http://www.akatu.org.br/central/noticias/2004/04/219> . Acesso em 17 set. 2010
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Disponível em: <http://webnotes.sct.embrapa.br/pdf/cct/v15/cc15n301.pdf> . Acesso em 17 set. 2010
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BRAMATTI, D. Bunge e Cargill terão de rotular óleo transgênico, Terra Magazine, 20 de set. 2007
Disponível em: <http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI1923939-EI6586,00.html> . Acesso em 17 set. 2010
BRITO, F.E.M O admirável mundo sombrio anunciado pela Monsanto, O Olho da História, Salvador (BA), julho de 2009.
Disponível em: <http://oolhodahistoria.org/n12/artigos/francisco.pdf> . Acesso em 17 set. 2010
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Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/alimentos-transgenicos/alimentos-transgenicos.php> . Acesso em 15 set. 2010
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